Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 1 de 1
Filter
Add filters








Year range
1.
Psicol. clín ; 30(1): 81-93, 2018. ilus
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-895757

ABSTRACT

O homem, ao nascer, confronta-se com o desamparo como marca definitiva da sua condição. Diferente de outros animais que nascem mais ou menos capazes de enfrentar as intempéries da natureza, o homem, também afetado pela fragilidade do corpo e pelas diversas dificuldades impostas pelo relacionamento com outro, necessita de uma bolsa externa, não biológica, mas cultural. Essa necessidade faz com que o homem busque abrigo e se organize em favor de um ecossistema próprio: a cultura. A metrópole moderna, como um habitat específico da cultura, desenvolveu-se como órgão protetor da humanidade em oposição à hostilidade natural; no entanto, contemporaneamente ela se torna violenta e opressiva. Sobre substrato paradigmático junguiano, induzimos, perante um corpo literário interdisciplinar, a hipótese de que a cidade, enquanto símbolo de proteção materna, abriga a cultura moderna como um filho que se apropriou da potência criativa do pai, mas não reinvestiu essa potência na própria adaptação ao meio. Concluímos que essa suspensão edípica tem perenizado, na cultura moderna, uma condição infantil, hoje insustentável tanto internamente quanto no meio natural.


At birth, human being faces his helplessness as the definitive mark of his condition, unlike other animals that are born somehow capable of facing the nature's obstacles. Every human being is affected by the fragility of the human body and the variety of difficulties imposed not only by the environment, but also by the relationships each person needs to create with others. For this reason, humankind needs an external non-biological bag, but cultural bag. This necessity makes the man to seek shelter and organize himself in favor of an ecosystem of his own: culture. Modern metropolis is the culture's specific environment and it has developed as a shield to humankind in opposition to its natural hostility. However, it becomes violent and oppressive. Inferring above the Jungian paradigm substratum and before an interdisciplinary literary body, the hypothesis that the city, as a symbol of maternal shelter, it protects Modern Culture as a child who borrowed his father's creative power. Despite that, the child did not redirect the power in his own adaptation to the environment. Therefore, we conclude this oedipal suspension has imprinted in modern culture a childish condition, unsustainable both internally and in the environment.


El hombre, al nascer, se confronta con el desamparo como marca definitiva de su condición. Diferente de otros animales que nascen más o menos capaces de enfrentar las intemperies de la naturaleza, el hombre, también afectado por la fragilidad del cuerpo y por las diversas dificultades que la alteridad le impone, necesita de una bolsa externa, no biológica, mas cultural. Esa necesidad obliga al hombre a buscar abrigo y a organizarse a favor de un ecosistema propio: la cultura. La metrópolis moderna se desenvolvió como órgano protector de la humanidad en oposición a la hostilidad natural; sin embargo, actualmente la ciudad se torna violenta y opresiva. Sobre substrato paradigmático junguiano, inducimos, ante un cuerpo literario interdisciplinar, la hipótesis de que la urbe, como símbolo de protección materna, abriga a la cultura moderna como un hijo que se apropió de la potencia creativa del padre, pero no invirtió esa potencia en su propia adaptación al medio natural. Concluimos que esta suspensión edípica ha prolongado, en la cultura moderna, una condición infantil, hoy insustentable tanto interna, cuanto ambientalmente.

SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL